quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

PROJETO DE INTERVENÇÃO NA LEITURA E ESCRITA

ESCOLA IOLANDA PIRES



PROJETO DE INTERVENÇÃO NA LEITURA E ESCRITA





ITABUNA, BAHIA
2009


ESCOLA IOLANDA PIRES
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: Márcia Cruz
PÚBLICO-ALVO: Alunos do Ciclo da Infância – CIN e Ciclo da Pré-Adolescência: CPA I, II e III e CIR II.
ÁREA: EXPRESSÂO – Educação Física – Arte E Estética, Ciências Sociais, Ciências da Natureza E Matemática
PERÍODO DE DESENVOLVIMENTO: Um trimestre letivo: (Setembro, Outubro e Novembro) de 2009

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA LEITURA E ESCRITA

1. NOME DO PROJETO: “Quem conta um conto aumenta um ponto...”

2. EIXO TEMÁTICO: Pluralidade Cultural.

3. PROBLEMÁTICA:
De acordo com o diagnóstico realizado pelos professores, no 1º e 2º trimestres desse ano, a maioria dos alunos das turmas do CIN, CIR e CPA demonstraram dificuldades na leitura, interpretação e produção textual. Diagnóstico esse que possibilitou aos professores uma reflexão sobre o problema, levando-os à hipótese de que a razão das dificuldades de leitura e produção escrita estaria no pouco acesso dos alunos aos diversos gêneros textuais e em especial aos textos literários.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
A definição do tema desse projeto para ser desenvolvido em nossa escola se apóia no conhecimento que temos de que o trabalho com a literatura infantil e infanto juvenil pode contribuir significativamente para o desenvolvimento cognitivo das crianças, ajudando a formar leitores.
Sendo assim, ao propor um trabalho com o gênero literário em sala de aula, apoiamo-nos também nas concepções de alguns estudiosos que afirmam que o trabalho com a Literatura Infantil pode certamente ajudar na valorização da criatividade, da independência e da emoção infantil, o chamado, pensamento crítico e segundo SILVEIRA (1997, p.149), "(…) e com ênfase à criança ativa, participante, não-conformista".
Logo, "(…) Faz-se necessário que o professor introduza na sua prática pedagógica a literatura de cunho formativo, que contribui para o crescimento e a identificação pessoal da criança, propiciando ao aluno a percepção de diferentes resoluções de problemas, despertando a criatividade, a autonomia e a criticidade, que são elementos necessários na formação da criança em nossa sociedade atual".
A Literatura Infantil, nas escolas, deve despertar o gosto pela leitura, pois "(…) a literatura pode proporcionar fruição, alegria e encanto quando trabalhada de forma significativa pelo aluno. Além disso, ela pode desenvolver a imaginação, os sentimentos, a emoção, a expressão e o movimento através de uma aprendizagem prazerosa". (SAWULSKI, 2002).
Percebemos então que para desenvolver uma proposta voltada para a utilização da literatura infantil na escola é preciso ampliar a nossa percepção de que "(…) Ler não é decifrar palavras. A leitura é um processo em que o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, apoiando-se em diferentes estratégias, como seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo o que sabe sobre a linguagem escrita e o gênero em questão". (RCNEI, 1998, p. 144).
Os RCNEI sugerem que,
"(...) os professores deverão organizar a sua prática de forma a promover em seus alunos: o interesse pela leitura de histórias; a familiaridade com a escrita por meio da participação em situações de contato cotidiano com livros, revistas, histórias em quadrinhos; escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor; escolher os livros para ler e apreciar. Isto se fará possível trabalhando conteúdos que privilegiem a participação dos alunos em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas, etc. propiciar momentos de reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor". RCNEI, (1998, vol.3, p. 117-159).
Para Pinto (1999),
"A Literatura Infantil tem um grande significado no desenvolvimento de crianças de diversas idades, onde se refletem situações emocionais, fantasias, curiosidades e enriquecimento do desenvolvimento perceptivo. Para ele a leitura de histórias influi em todos os aspectos da educação da criança: na afetividade: desperta a sensibilidade e o amor à leitura; na compreensão: desenvolve o automatismo da leitura rápida e a compreensão do texto; na inteligência: desenvolve a aprendizagem de termos e conceitos e a aprendizagem intelectual". (apud RUFINO e GOMES, 1999, p.11).
COELHO explica que,
"... a literatura infantil vem sendo criada, sempre atenta ao nível do leitor a que se destina... e consciente de que uma das mais fecundas fontes para a formação dos imaturos é a imaginação – espaço ideal da literatura. É pelo imaginário que o eu pode conquistar o verdadeiro conhecimento de si mesmo e do mundo em que lhe cumpre viver". COELHO (2000 p.141).
Portanto considerando os fundamentos teóricos que embasam o projeto reconhecemos que, o trabalho em sala de aula com Literatura Infantil é importante sob vários aspectos biopsicosociais. Quanto ao desenvolvimento cognitivo, ela proporciona às crianças meios para desenvolver habilidades que agem como facilitadores dos processos de aprendizagem. Estas habilidades podem ser observadas no aumento do vocabulário, nas referências textuais, na interpretação de textos, na ampliação do repertório lingüístico, na reflexão, na criticidade e na criatividade. Estas habilidades propiciariam no momento de novas leituras a possibilidade do leitor fazer inferências e novas releituras, agindo, assim, como facilitadores do processo de ensino-aprendizagem não só da língua, mas também das outras disciplinas.

5. JUSTIFICATIVA:

A leitura e a escrita são hoje um dos maiores desafios das escolas, visto que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de ler, a utilização da escrita em contextos sociais e a inserção da criança no mundo letrado.
Pensando nesse contexto, o Projeto “Quem conta um conto aumenta um ponto...” torna-se necessário e viável, pois pretende fomentar a leitura, a interpretação e a produção por meio da contação de história.
Com uma proposta de trabalho interdisciplinar com as literaturas infantil e infanto - juvenil, o projeto busca reunir escola e comunidade local em atividades de pesquisa e informações que contribuam para o resgate da história da comunidade, tornando o aluno a mola mestra do processo ensino aprendizagem.

6. OBJETIVOS:
6.1. OBJETIVOS GERAIS:
• Estimular o prazer pela leitura, considerando a interdisciplinaridade e a atuação de toda a escola nesse processo;
• Trabalhar com gêneros literários diversos, possibilitando ao alunado a aquisição de competências leitoras;
• Resgatar a história de sua comunidade por meio de contos populares;
• Desenvolver a reescrita de histórias e a produção textual.

6. 2. OBJETVOS ESPECÍFICOS:
• Ampliar o repertório de histórias conhecidas;
• Familiarizar-se com as histórias;
• Construir o hábito de ouvir histórias e sentir prazer nas situações que envolvem leitura de história;
• Aproximar-se do universo escrito e dos portadores de escrita(livros e revistas), manuseando-os e reparando na beleza das imagens;
• Relacionar textos e ilustração, manifestando sentimentos, experiências, idéias e opiniões, definindo preferência e construindo critérios próprios para selecionar o que vão ler.
• Vivenciar situações de leitura compartilhada e uso do cantinho de leitura da classe;
• Contar de histórias conhecidas;
• Realizar leituras orais e silenciosas de histórias; e silenciosas de histórias;
• Interpretar histórias lidas;
• Realizar o estudo de vocabulários presentes nas histórias lidas;
• Assistir a exibição de DVD e vídeos de histórias e contos de diversos gêneros;
• Escutar de histórias fonadas, lidas ou contadas pelos professores e colegas
• Montar histórias ou trechos de histórias (fatiados);
• Escrever listas com os nomes das histórias e/ou nomes de personagens das histórias lidas;
• Participar de rodas de leitura envolvendo conto e reconto (oral);
• Escrever e reescrever histórias;
• Complementares histórias lacunadas;
• Refletir sobre os elementos de escrita utilizados nas produções escritas (com apoio do professor);
• Ilustrar (com desenhos) histórias lidas;
• Dramatizar histórias e contos trabalhados;
• Confeccionar livretos com histórias trabalhadas;
• Participar do Dia D da leitura e contação de histórias, expondo os trabalhos produzidos.


7. CRONOGRAMA:

Alunos

Professores

Coordenadores

Diretores
Alunos:
De 01 de setembro a 30 de novembro
• Ampliar o repertório de história conhecidas; 1ª semana de setembro:
Professores:
• Selecionar um acervo de livros de qualidade, adequada a cada faixa-etária, implementando o cantinho de leitura da classe; 1ª semana de setembro;
• Observar a qualidade do acervo de livros e problematizar a escolha dos títulos que serão lidos às crianças; De setembro a novembro:
Diretor e Coordenador:
• Incentivar e garantir que o conteúdo deste projeto esteja assegurado com pauta nos encontros de formação dos professores;
Alunos:
• Familiarizar-se com as histórias; De setembro a novembro:
Professores:
• Realizar com freqüência e regularidade a leitura de diferentes histórias aos alunos. De setembro a novembro nas reuniões de AC:
Diretor e Coordenador:
• Orientar e apoiar o planejamento dos professores, enfocando a leitura como atividade diária na escola;
Alunos:
• Construir o hábito de ouvir histórias e sentir prazer nas situações que envolvem leitura de história; De setembro a novembro:
• Compartilhar sobre suas impressões sobre as histórias lidas;
Coordenador:
• Orientar os professore na organização e utilização sistemática dos cantinhos de leitura na sala de aula;
Alunos:
• Aproximar-se do universo escrito e dos portadores de escrita (livros e revistas) para que possam manuseá-los , reparar na beleza das imagens, relacionar textos e ilustração, manifestando sentimentos, experiências, idéias e opiniões, definindo preferência e construindo critérios próprios para selecionar o que vão ler. De setembro a novembro:
Professores:
• Favorecer a manifestação dos alunos, incentivando-os a opinarem sobre as histórias ouvidas , manifestando suas idéias e sentimentos.
Coordenador:
• Incentivar, apoiar e orientar o planejamento de atividades de roda de leitura, antes, durante e depois da leitura.
Alunos:
• Vivenciar situações de leitura compartilhada e uso do cantinho de leitura da classe; • Expor preferências pessoais com o intuito de ampliar a possibilidade de as crianças avaliarem as histórias.
Professores:
• Selecionar textos adequados ao propósito da atividade habitual de leitura;
• Permitir que as crianças apreciem e tenham acesso aos livro em diferentes momentos da rotina, tanto nas rodas de leitura quanto no cantinho da leitura;
• Compartilhar informações prévias e relevantes com os alunos sobre o que será lido para melhor entendimento do texto.

8. AÇÕES NECESSÁRIAS:
• Levantamento do acervo bibliográfico da escola;
• Seleção de literaturas infantil e infanto juvenil;
• Criação dos cantinhos ou varais de leitura nas salas de aula;
• Criação das caixas ou baús da leitura;
• Implantação da Ciranda de livros na escola com o sistema de empréstimos de livros na escola;
• Criação de espaços em que os alunos possam estar fazendo as suas colocações a cerca dos livros lidos.

9. METODOLOGIAS:
• Apresentação do projeto aos professores para articulação de idéias e ações;
• Apresentação e abertura do projeto com os alunos de todas as turmas;
• Contação de historias por professores;
• Contação de histórias por alunos;
• Contação de histórias por pessoas da comunidade local;
• Leituras orais de histórias pelos professores;
• Leituras de orais e silenciosas de histórias pelos alunos;
• Pesquisa e leitura de histórias na internet;
• Interpretações orais e escritas de histórias lidas pelos professores;
• Interpretações orais e escritas de histórias lidas pelos alunos;
• Estudos de vocabulários presentes nas histórias lidas pelos alunos;
• Exibição de DVD e vídeos de histórias e contos de diversos gêneros;
• Escuta de histórias fonadas;
• Atividades de montagem de histórias ou trechos de histórias trabalhadas (fatiados);
• Escrita de listas com os nomes das histórias e/ou nomes de personagens das histórias lidas;
• Realização de rodas de leitura envolvendo conto e reconto (oral);
• Contação de histórias usando fantoches;
• Escrita e reescrita de histórias;
• Complementação de histórias lacunadas;
• Reflexão sobre os elementos de escrita utilizados nas produções escritas dos alunos (apoio do professor);
• Ilustrações (com desenhos) de histórias lidas;
• Dramatizações de histórias e contos trabalhados com os alunos;
• Criação de livretos com histórias produzidas pelos alunos;
• Realização do Dia D da leitura e contação de histórias, exposição dos trabalhos na escola com divulgação dos livretos produzidos.


10. CONTEÚDOS:

• Leitura oral e silenciosa de diferentes gêneros textuais
• Linguagem oral e escrita;
• Interpretação;
• Produção escrita;
• Reflexão de elementos da língua escrita (textos);
• Estudo do vocabulário;
• Seqüência lógica: Início, meio e fim;
• Coerência e coesão textual;
• Pontuação.


11. RECURSOS:

• Portadores textuais de diversos gêneros da literatura infantil e infanto-juvenil; fantoches; palanquinho; aparelho de TV e DVD;
• Aparelhos de som, mídias de CD e DVD; caixas de leitura; cartolina, papel metro, cola, hidrocor, lápis de cor; tinta guache; papel ofício; textos impressos, etc.

12. AVALIAÇÃO:

A avaliação do projeto ocorrerá durante todo o processo de seu desenvolvimento, envolvendo a observação da atuação dos professores, as atividades de produção escrita e oral, confecção de murais ilustrados, atividades de interpretação e outras atividades escritas (contos e re-contos) desenvolvidas pelos alunos bem como a atuação de pessoas da comunidade local, considerando-se ainda os avanços obtidos e demonstrados pelos alunos no decorrer e ao final do projeto.



13. SÍNTESE/CULMINÂNCIA:
A síntese do projeto ocorrerá com a realização do Dia D da leitura e contação de histórias na escola, onde estará acontecendo a exposição dos trabalhos realizados pelos professores e alunos de todas as turmas e divulgação dos livretos de histórias produzidos pelos alunos contando com a participação da comunidade local.


14. BIBLIOGRAFIA:

AROEIRA, M.; SOARES, M.; MENDES, R. Didática de pré-escola: vida e criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996, p. 167.
BRASÍLIA. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Brasília: MEC/SEF, 1998.
COELHO, N. Literatura: arte, conhecimento e vida. São Paulo: Peirópolis, 2000. 159p.
COELHO, N. A história da história. In: RIBEIRO, R. O Patinho Feio. São Paulo: Editora Moderna, 1995.p. 31.
RUFINO, C.; GOMES, W. A importância da literatura infantil para o desenvolvimento da criança na fase da pré-escola. São José dos Campos: Univap, 1999.
SAWULSKI, V. Fruição e / ou aprendizagem através da Literatura Infantil na escola.1.2002abril 2003.
SILVEIRA, R. Ela ensina com amor e carinho, mas toda enfezada, danada da vida. In: Cultura, mídia e educação: Educação e Realidade, Rio Grande do Sul: v.22, n.2, jul/dez 1997





ATIVIDADES DO PROJETO DESENVOLVIDAS PELOS PROFESSORES NAS TURMAS DO CIN, CPA e CIR II = MATUTINO E VESPERTINO



Alunos da turma de CIR II B – Professora Urania – realizando atividades do projeto



Atividade de ilustração de personagens dos títulos das histórias infantis – Clássicos da Literatura Infantil – CIN I, II e III e CPA I



Atividade de ilustração da História: Os três porquinhos a partir de sequências narrativas – CIN III - Urania










Produção de livretos com histórias reescritas pelos alunos
CPA I matutino – professora: Maria Lúcia

Atividades com gráficos - historias preferidas pelos alunos
 
 
Atividade de reescrita de história – Cinderela
CPA II e CIR II – Professora: Kely Patrícia



Contação de histórias usando fantoches - todas as turmas do CIN




Dramatizações de Histórias e contos trabalhados no projeto - Culminância das atividades
A Linda Rosa Juvenil


A Sabedoria do Rei Salomão


 

Os três porquinhos




O patinho feio - contação por aluna


Contação de Historias inventadas por alunas - Diálogo 

 
 
Contação de histórias por pessoas da comunidade e por professores





Alunos assintindo a Culminância do projeto














quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

FORMAÇÃO PELA ESCOLA
DENILDA FERREIRA DA SILVA
MÁRCIA CRISTINA PEREIRA CRUZ

ATIVIDADE FINAL MÓDULO II
PDDE
(Programa Dinheiro Direto na Escola)


ITABUNA, BAHIA
2009


ESCOLA IOLANDA PIRES

PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA CIDADANIA NA ESCOLA

TEMA: DEMOCRATIZAR PARA MELHOR ATUAR


PARA REFLETIR:

“Restaurar a democracia é restaurar a República. É edificar a Nova República, missão que estou recebendo do povo e se transformará em realidade pela força não apenas de um político, mas de todos os cidadãos brasileiros.”
(Tancredo Neves)


SUMÁRIO

1. JUSTIFICATIVA
2. SUJEITOS
3. PROBLEMA
4. OBJETIVOS
4.1. OBJETIVOS GERAIS
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
5. ESTRATÉGIAS/AÇÕES
6. REFERÊNCIAS


1. JUSTIFICATIVA:

A participação da comunidade, na escola de fato, em processos decisórios – como é o caso dos Conselhos e Colegiados Escolares - se constitui num importante aspecto de execução da cidadania e participação democrática. No entanto, a educação política se dá pela complementaridade entre a participação em si (enquanto exercício de cidadania) e a obtenção de informação e de formação em atividades específicas de participação e ação efetiva dos sujeitos no processo de decisão das ações escolares.
2. SUJEITOS ENVOLVIDOS:

• Membros do Colegiado Escolar (representantes dos professores, alunos, pais, funcionários e comunidade local);
• Membros do Caixa Escolar.
3. PROBLEMA:
Na Escola Iolanda Pires, tem se percebido que embora a escola tenha constituído em termos legais o seu Colegiado Escolar e a sua representação no Caixa Escolar, na prática, essas representações não têm de fato exercido as suas reais funções como órgãos de fiscalização e participação no processo de decisões da escola, faltando uma participação ativa e efetiva dos mesmos no processo de administração dos recursos financeiros e de outras atividades desenvolvidas pela escola. Percebendo se ainda que a comunidade escolar, mais especificamente os pais dos alunos tem apresentado pouca ou quase nenhuma participação nos trabalhos oferecidos pela unidade escolar o que dificulta assim a efetivação do exercício da cidadania e gestão participativa no interior da escola.
4. OBJETIVOS:
4.1. OBJETIVOS GERAIS:
• Oportunizar a formação política e técnica aos conselheiros e outros representantes dos Colegiados Escolares, estimulando e contribuindo para uma participação mais qualificada, para o controle social e a participação da comunidade nas políticas educacionais e financeira da escola.
• Contribuir para o desenvolvimento e o exercício de uma ação colegiada ativa e de uma cultura democrática e participativa no contexto escolar.
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: (PARA 2010)
• Realizar eleição do Colegiado Escolar;
• Criar o grêmio estudantil;
• Modernizar e democratizar a gestão;
• Promover reuniões bimestrais ou sempre que necessário do Colegiado Escolar;
• Oferecer formações específicas para os alunos e Colegiado escolar com temáticas voltadas para as suas áreas de atuação enquanto sujeitos colaborativos e participativos da gestão escolar.
• Possibilitar a compreensão do papel dos Conselhos Setoriais para o processo democrático escolar
• Compreender as atribuições dos diferentes conselhos: deliberativos ou consultivos; gestão ou não de fundos;
• Possibilitar a reflexão sobre os papéis e funções dos conselheiros (as), no que se refere a:
 Proposição e elaboração de políticas voltadas para o interesse da comunidade escolar e local;
 Diagnóstico social da área que compete ao seu conselho escolar;
 Realizar a fiscalização e acompanhamento da execução orçamentária dos programas e políticas financeira da escola;
 Realizar o monitoramento das decisões tomadas pelo Conselho e grêmio estudantil;
a) ser elo de comunicação entre comunidade local e a escola, com relação à temática de sua competência;
b) exercer papel mobilizador e comunicador na sua Comunidade ou dos órgãos representados das ações do conselho;
c) participar ativamente dos espaços de estudos e debates da sua temática;
d) estimular nos conselheiros(as) o desenvolvimento das habilidades de diálogo e negociação;
e) contribuir com sua experiência para o trabalho da escola;
f) contribuir para articular os diversos conselhos numa rede de gestão participativa, com enraizamento na escola e comunidade local..

5. ESTRATÉGIAS/AÇÕES:

PERÍODO
SUJEITOS ENVOLVIDOS
ESTATÉGIAS/AÇÕES
RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

1ª quinzena de março
- Pais e mestres
- Realização da 1ª Reunião de pais e mestres
- Direção, Coordenação pedagógica e professores
2ª quinzena de março
- alunos
Estudos sobre liderança, cidadania e participação democrática
- professores
2ª quinzena de março
- alunos
- Criação do grêmio estudantil;
- Eleição dos representantes da diretoria do grêmio;
- Equipe gestora
1ª semana de abril - Pais, alunos, professores, funcionários e membros da comunidade local - Formação sobre:
O papel do conselheiros nos Colegiados Escolares;
Participação e Gestão Democrática na escola. - Equipe Gestora
2ª semana de abril - Pais, alunos, professores, funcionários e membros da comunidade local - Realização de reuniões para escolha dos representantes dos segmentos na composição das chapas para eleição do Colegiado escolar;
- Eleição e posse dos Colegiados escolares - Equipe Gestora
maio - Membros do Colegiado Escolar e Comunidade local. - Realização de reunião para prestação de contas dos recursos financeiros da escola - Equipe Gestora
julho - Pais e comunidade local -Realização do Encontro para apresentação dos trabalhos desenvolvidos e resultados das aprendizagens dos alunos; - Equipe Gestora e Coordenação pedagógica
2ª semana de julho - Direção, Coordenação, Pais, alunos, professores, funcionários, membros do Colegiado escolar e membros da comunidade local - Realização da avaliação Institucional - Equipe Gestora e Coordenação pedagógica
Agosto - Membros do Colegiado Escolar e Comunidade local. - Realização de reunião para prestação de contas dos recursos financeiros da escola - Equipe Gestora
Última semana de agosto - Pais e mestres - Realização da 1ª Reunião de pais e mestres - Equipe gestora, Coordenação pedagógica e professores
setembro - Pais dos alunos - Realização do Seminário de pais - Equipe Gestora, Coordenação pedagógica e professores
Outubro - Membros do Colegiado Escolar e Comunidade local. - Realização de reunião para prestação de contas dos recursos financeiros da escola - Equipe Gestora
Novembro - Pais e mestres - Realização da 3 Reunião de pais e mestres - Equipe gesdtora, coordenação pedagógica e professores

Dezembro
- Pais, alunos, professores, funcionários, membros do Colegiado escolar e membros da comunidade local
- Realização do Encontro para apresentação dos trabalhos desenvolvidos e resultados das aprendizagens dos alunos;
- Realização da avaliação Institucional
- Equipe Gestora

7. REFERÊNCIAS

Ricci, Rudá – Desafios da Educação social: a educação pela pedra, apresentação ao XVI Congresso Mundial de Educadores sociales, Montevidéu, 17/11/2005, (ppt)
Victoriano, Márcia R. Orçamento Participativo: uma experiência de formação. artigo publicado na Pulsar – Revista de Educação, , Ano I, número I, Edições Pulsar, São Paulo, 2005, publicação trimestral (outubro), ISSN 1808-6551, p. 77 a 90

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

EJA: Proposta de Intervenção Pedagógica – Dificuldades de leitura e escrita

Secretaria Municipal da Educação , Cultura e Desportos
Departamento de Educação de Jovens e Adultos
Coordenação Técnico-Pedagógica: Márcia Cristina Pereira Cruz
Área: Língua portuguesa


Proposta de Intervenção Pedagógica – Dificuldades de leitura e escrita

PROJETO DIDÁTICO Nº 001/2007

1. Nome do Projeto: No mundo mágico da leitura e escrita
2. Eixos Norteadores: Leitura e escrita

3. Justificativa:

4. Objetivo Geral: Promover o aperfeiçoamento das habilidades de leitura e escrita, possibilitando aos alunos o contato e o conhecimento dos vários tipos de textos nas mais variadas modalidades da língua escrita e falada, contribuindo para a superação ou minimização das dificuldades de leitura e produção escrita .

5. Objetivos específicos:

• Possibilitar o aperfeiçoamento da habilidade de leitura;
• Favorecer o enriquecimento do universo vocabular , através do contato com os mais variados tipos de textos;
• Favorecer a construção de conceitos e regras gramaticais;
• Aperfeiçoar a produção textual no que se refere a paragrafação, seqüência lógica das idéias, coerência e coesão;
• Desenvolver a habilidade de escrita de textos narrativos, descritivos e dissertativos.
• Desenvolver a habilidade de interpretação e compreensão textual.

6. Propostas de atividades pedagógicas estimuladoras de leitura:
• os Todos dias: O professor prepara e executa perante os alunos a leitura expressiva de uma história curta; ou outro tipo de texto;
• Fazer sempre o treino de leitura com a turma de um texto curto e interessante;
• Combinar com a classe um dia e hora de ouvir e contar histórias; (segunda e sexta-feira);
• Pedir a leitura de um mesmo livro por bimestre para toda a classe ou de um livro para cada grupo de alunos;
• Incentivar a livre escolha de um livro da biblioteca da escola para ler em casa;
• Solicitar que o aluno, na segunda feira, faça o registro de um acontecimento do seu bairro ou rua e depois o leia para a classe;
• Avaliar constantemente, observando e registrando todas as reações dos alunos em relação aos textos lidos.

6.1. Modalidades de leituras a serem trabalhados:
• Leitura silenciosa;
• Leitura oral (individual e coletiva);

Leitura oral individual: o aluno lê par o professor ou para a turma (quem ouve faz a sua avaliação)

Leitura oral coletiva: simultânea; um aluno lê e os outros seguem no livro ou texto; um aluno lê e os outros apenas ouvem;

6.2.Tipos de leitura a serem trabalhados:
• A leitura intensiva (silenciosa ou oral de um pequeno trecho e o estudo das suas particularidades (vocabulário, estilo e gramática)).
• Leitura extensiva: leitura de um texto bastante longo feita em classe ou em casa, no final avalia-se com poucas perguntas;
• Leitura suplementar: é leitura de um livro inteirinho com o objetivo apenas de compreensão e, naturalmente, da fruição completa.

7. Recursos:
• Portadores dos mais variados tipos de textos;
• Textos dos mais variados gêneros

8. Avaliação: será contínua e processual, observando-se a participação, interesses e progressos demonstrados pelos alunos no decorrer das atividades propostas.

Tema do projeto – Na cor da pele, o ritmo e o tom de um povo

EIP – Escola Iolanda Pires
Ensino Fundamental – Ciclos de Formação Humana
Coordenação Pedagógica: Márcia Cruz
Projeto de Trabalho – Na cor da pele, o ritmo e o tom de um povo
Clientela: Todos os alunos das turmas de CIN, CIR I , CPA e CIR II
Turnos: Matutino e Vespertino
Período de desenvolvimento: de 01 a 20/11/2007


PROJETO DE TRABALHO


1. Tema do projeto – Na cor da pele, o ritmo e o tom de um povo
2. Temática – Raízes Negras

3.Justificativa: O Brasil, terra das palmeiras, das praias, do acarajé, do abará, das mulatas faceiras. Mas também o país do samba, do pagode, da capoeira, do axé music, da lambada, do lundu, do maxixe e do maracacatu. Brasil, um país de misturas de raças, de cores, de uma cultura vasta enraizada pelo valores artísticos de inúmeros povos afros-descendentes, aos quais nós devemos um grande legado na área da música e da dança. Assim, nada mais justificável do que a investigação, o conhecimento e a valorização das raízes populares que nos conduziram também ao título de Brasil – o país do carnaval.


3. Objetivos:

3.1. Objetivo Geral:
• Investigar músicas e danças afra – brasileiras, valorizando a cultura e os valores artísticos dos povos afro- descendentes.
• Olhar o povo negro sob o prisma dos seus valores artísticos, morais e éticos.

3.2. Objetivos Específicos:

• Discutir os conceitos de cultura e arte;
• Conhecer os valores artísticos dos povos afro- descendentes no que se refere à música e à dança.
• Reconhecer a importância da contribuição dos povos afro -descendente para a composição da arte brasileira


4. Conteúdos a serem abordados nas áreas:


Língua Portuguesa/ Língua Estrangeira;
• Discutir o conceito de cultura e de arte
• Estudar letras de músicas afras descendentes (leitura, interpretação e gramática);
• Estudar a biografia de grandes compositores e dançarinos afro- descendentes.

História:
• Pesquisar a história da arte afro- descendente;
• Discutir a história da música e da dança afro – descendente.
Geografia:
• Pesquisar os tipos de danças e musicas afro – descendentes das regiões brasileiras
Artes:
• Pesquisar os tipos de músicas e de danças afro- descendentes;
• Pesquisar instrumentos e confeccionar instrumentos musicais afros utilizados pelo povo negro.
• Preparar e apresentar coreografias de danças afro- descendentes;
• Preparar e apresentar números musicais afro- descendente

5. Atividades Propostas:
• Dinâmica de motivação
• Discussão filosófica sobre a motivação desenvolvida
• Problematização
• Ouvindo músicas afras
• Cantando músicas afras
• Interpretando as letras das músicas afras
• Pesquisando sobre os artistas afros
• Dançando músicas afras
• Preparando instrumentos afros
• Apresentando a arte da música e da dança afra

6. Recursos:
Humanos: Toda a comunidade escolar e membros da comunidade local interessados no projeto.

Materiais: Todos os recursos necessários disponibilizados na unidade escolar e /ou providenciados junto a SMECD, Prefeitura Municipal de Itabuna e na comunidade local.
• Indumentárias para os dançarinos ou grupos de dança
• Palco ou palanque;
• Som mecânico
• Data show
• Faixa com o nome do projeto
• Malhas para a decoração do local

7. Conteúdos das apresentações: Música/ dança
• Abertura – Apresentação coreográfica - Mulato insoneiro;
• Apresentação musical – pagode (casais dançando – pagode de salão)
• Apresentação do poema – Navios Negreiros
• Apresentação coreográfica – lambada
• Apresentação musical – Funk carioca
• Apresentação de um monólogo – Amor libertador ou Mantenha
• Apresentação coreográfica – Maracatu
• Apresentação musical – o som do atabaque
• Apresentação da mensagem – Negra
• Apresentação coreográfica – Maxixe
• Apresentação musical – o sons do: afoxé, agogô, atabaque. Berimbau. Tambor e Xequerê
• Apresentação coreográfica – dança ligada a religião – candomblé – xulas
• Apresentação musical – Reggue Jamaicano – Mama África
• Apresentação coreográfica – Capoeira
• Mensagem Final – agradecimentos – Encerramento – Reep

8. Acompanhamento:

O acompanhamento do projeto ocorrerá durante todo o processo de desenvolvimento do mesmo, desde a problematização até a culminância tendo como responsáveis, os professores das áreas de abrangência do projeto, professoras do PADIC, professores referências das turmas e da coordenação da unidade escolar.

9. Culminância: O projeto culminará com uma apresentação cultural a ser realizada no dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra, intitulada: Iª Mostra Cultural: Na cor da pele o ritmo e o tom de um povo!

10. Avaliação:

A avaliação do projeto contará com a participação de toda a comunidade escolar, considerando com parâmetro, o grau de interesse e envolvimento dos alunos, professores, pessoal de apoio, coordenação , direção da unidade escolar, bem como o envolvimento da comunidade local nas atividades implementadas e desenvolvidas durante a execução do projeto.


11.Bibliografias:

Revista PALMARES – Cultura afro- Brasileira – Ano II – Número 3 – Dezembro :2006

www. Wikipédia

TEXTO 02: A INDISCIPLINA NO CONTEXTO DA SALA DE AULA

Prefeitura Municipal de Itabuna
Secretaria de Educação e Cultura
Escola Iolanda Pires
Coordenação Pedagógica: Márcia Cristina & Alaíse Diniz


JORNADA PEDAGÓGICA DA ESCOLA
2008

TEXTO 02: A INDISCIPLINA NO CONTEXTO DA SALA DE AULA

Noção de indisciplina: comportamentos do aluno (ou alunos que perturbam as atividades que o professor pretende desenvolver na sala de aula, tais como: fazer barulho, bocejar, sair sem autorização, participar fora da sua vez, agredir verbal ou fisicamente os colegas, dizer asneira discutir com o professor, recusar sair da aula quando “convidado” a fazê-lo, etc. (cf. Jesus. S. 1996:22).
MOTIVOS POR PARTE DO ALUNO
 Desagrado em relação às temáticas abordadas na aula ou o modo como são apresentadas pelo professor;
 Insatisfação face ás relações interpessoais permitidas ou promovidas pelo docente na sala de aula ou até mesmo pretende assumir-se líder da sua turma ao manifestar coragem para enfrentar o professor (cf. Jesus, S. 1996:22)
FATORES PESSOAIS
 Tipo de personalidade;
 O estádio de desenvolvimento;
 A necessidade de chamar sobre si a atenção do professor podem também influenciar o comportamento dos alunos na aula. Nesse aspecto, o processo de socialização deve ser uma circunstância a considerar face às atitudes demonstradas pelos alunos em relação aos seus professores (cf. Sprinthall, N., e Lollins, A. 1999:297-304, sobre os estilos parentais de educação dos filhos).
Perante este quadro, as atitudes dos professore nem sempre são coincidentes face aos comportamentos que consideram indisciplinados, dificultando a percepção dos alunos sobre o que é um comportamento perturbador e as conseqüências que daí podem resultar.
A indisciplina será um problema de prática quotidiana onde cada caso é específico e, sendo assim, torna-se difíceis modelos de atuação generalizáveis que evitem ou regulem eficazmente cada acontecimento. Por outro lado, é muito mais do que um problema técnico a resolver dentro da sala de aula, pois afeta planos de pessoas onde estão implicados sentimentos, atitudes e valores. Por isso e em situação de aula, uma parte do problema da indisciplina cabe ao professor, outra parte ao aluno por não cumprir com as suas responsabilidades, mas também à escola, à família e sociedade.
Os fatores de indisciplina
 Alargamento da escolaridade obrigatória e a mudança para uma escola de massas tendo como objetivo combater o analfabetismo e democratizar o ensino;
 O elevado número de alunos por turma;
 Escolas superlotadas;
 Edifícios ou prédios em más condições e mal apetrechados relativamente a material didático;
 Professores sem formação profissional e pessoal;
 Auxiliares pouco qualificados;
 Níveis elevados de insucesso escolar;
 Elevado número de alunos oriundos de meios desfavorecidos;
 Tudo isso aliado à falta de um sistema de formação profissional coerente.
(Estrela, M., 1992, ap. Silva, M.2001:15
COMPORTAMENTO INDISCIPLINADO
Normalmente o aluno indisciplinado começa por desempenhar funções interditas, recusa as orientações dadas e finalmente atinge a pessoa do professor (a).
Esta escala não deixa de estar ligada à idade dos alunos, mas também a desequilíbrios de natureza psicológica, social e familiar.
M.T. Estrela (1992) verificou isso mesmo ao concluir que, para os alunos do 1º ciclo, ser indisciplinado é sobretudo ter comportamentos que vão contra as regras relativas de espaço e contra a comunicação. Já os alunos do 2º ciclo, a indisciplina envolve a perturbação da aula e ter comportamento que se opõe ao do professor, pondo em causa o respeito que merece. Para os alunos secundários, a indisciplina visa sobretudo o professor.
Outras investigações (Traveira, M., 1990), sugerem para o 2º ciclo a existência de alguma indefinição de normas relativas à indisciplina. Nesse ciclo os alunos podem ser confrontados com a coexistência de diferentes concepções de (in) disciplina na sala de aula, de acordo com os diferentes professores. Estes, na verdade, podem adotar um formalismo normativo, um estilo liberal ou então autoritário. Tais situações podem concorrer para explicar o comportamento indisciplinado numa certa aula ou disciplina mais assertiva em outras.
Noutra perspectiva, M.T. estrela (1992) faz ainda referência à dificuldade vivida pelos alunos de estratos sociais mais desfavorecidos relativamente à compreensão de códigos lingüísticos, situação que pode desmotivar o aluno e provocar até a refeição oferecida pela escola.
Nesse caso, quando o professor não leva em conta a origem social do aluno (com seus hábitos e discursos próprios), pode considerar erradamente alguns comportamentos como indisciplina quando apenas prefiguram realidades subculturais próprias (cf. Sampaio, D., 1997, ap. silva, M., 2001:16).
Por outro lado, as práticas escolares podem ser uma causa (entre outras0 de indisciplina dos alunos, pois muitas vezes as didáticas utilizadas e as relações estabelecidas na sala de aula condicionam o tipo de procedimento adotado pelo aluno na sala de aula (cf. estre,M.T.,1992, e Amado, J., 2001).

Referência:
DELGADO, Pedro, CAEIRO, José. Indisciplina em contexto escolar. Lisboa, Portugal: Instituto Piaget, 2005.
Organização textual: Márcia Cruz. (Pedagoga e Especialista em Planejamento Escolar/Psicopedagogia pelas UESC/FAEM
Expositora: Alaise Diniz. (Pedagoga e Especialista em Informática Aplicada à Educação pela UESC).

REFLETINDO SOBRE A MOTIVAÇÂO NA SALA DE AULA

Prefeitura Municipal de Itabuna
Secretaria de Educação e Cultura
Escola Iolanda Pires
Coordenação Pedagógica: Márcia Cristina & Alaíse Diniz

JORNADA PEDAGÓGICA DA ESCOLA
2008
TEXTO 01: REFLETINDO SOBRE A MOTIVAÇÂO NA SALA DE AULA

MOTIVAÇÃO E ATITUDE
O papel da motivação tanto no aprendizado como no ensino não pode ser superestimado. Em Teaching by Principles, H Douglas Brown apresenta um panorama da pesquisa nessa área e oferece uma definição de motivação como “o grau em que você toma decisões sobre: a) metas a perseguir e b) o esforço que você vai dedicar a isso” (p. 32).
Houve várias tentativas de estudar e classificar os fatores envolvidos na motivação. Por algum tempo, uma distinção entre motivação “integrativa” e “instrumental” gozou de ampla popularidade a primeira sendo a motivação incitada por uma necessidade e desejo de integrar-se numa sociedade e identificar-se com ela: a última nascendo de um desejo de adquirir aptidões ou conhecimentos para utilizar como arma na obtenção de outros objetivos. A motivação integrativa foi considerada um pouco mais forte e duradoura, mas os estudos nessa área se revelaram bem inconcludentes.
“Outra divisão popular é entre motivação intrínseca, que deriva de um desejo dc satisfazer necessidades, objetivos ou ambições pessoais sem a promessa de uma recompensa específica, e motivação extrínseca”, que nasce do desejo de obter tais recompensas. Aqui, a motivação “intrínseca”, parece ser mais poderosa.
O senso comum apóia a idéia de que a realização é um dos melhores motivadores. Quando temos indícios tangíveis de que estamos atingindo objetivos ou somos bem-sucedidos no que fazemos, a motivação aumenta e se sustenta por longos períodos. Na educação, essas idéias se aplicam para professores e alunos. Se os professores estão contentes com os resultados de seu trabalho, eles vão abraçar seu próximo encargo com mais entusiasmo e maior motivação. De modo semelhante, os alunos que experimentam sucesso na escola ficarão mais ávidos por participar e expandir seu conhecimento. Nem é preciso dizer, a falta de resultados transforma um curso, série ou etapa de um ciclo em fardo para professores e alunos.
Parece lógico ver a motivação como uma gama de fatores complexos e variados e individualizados. Em geral, porém, poderíamos descrever um aluno motivado como aquele que está:
• disposto a se envolver em todas as tarefas de aprendizagem;
• interessado em todos os aspectos da matéria;
• ávido por cooperar com o professor e os colegas;
• pronto para investir energia nas tarefas designadas;
• disposto a continuar um aprendizado independente da sala de aula:
• apto para permanecer na tarefa;
• disposto a encorajar os colegas a trabalhar cuidadosamente:
• pronto para dar sugestões sobre como o programa poderia ser me1h orado;
• apto para perguntar coisas pertinentes ao conteúdo que está sendo ensinado.
ALGUNS FATORES CONSIDERADOS IMPORTANTES PARA O APRENDIZADO
 Aptidão;
 Persistência;
 Motivação;
 Interesse;
 Envolvimento;
 Paciência;
 Descanso;
 Tranqüilidade;
Se os alunos têm experiências de aprendizado satisfatórias, esse sentimento de satisfação e realização os motiva a estudar mais. Um de nossos papéis, portanto, é fazer com que as experiências de aprendizagem iniciais sejam tão positivas quanto possíveis.
MANEIRAS DE PROMOVER A MOTIVAÇÃO
 Estabelecer objetivos pertinentes às metas pessoais dos alunos;
 Apelar para as necessidades e os desejos que têm os alunos de explorarem e aprenderem;
 Envolver os alunos na seleção de atividades, materiais e tarefas;
 Apelar aos interesses dos alunos;
 Oferecer aos alunos muito feedback positivo e encorajamento;
 Criar tarefas que permitem aos alunos ter um sentimento de realização;
 Passo tarefas à altura dos níveis de proficiência dos alunos;
 Perguntar sobre os interesses, hobbies, atividades de lazer e objetivos dos alunos.
Perguntar sobre os interesses, hobbies, atividades de lazer e objetivos dos alunos tem uma vantagem dupla: mostra seu interesse genuíno por eles e pode servir como base para o planejamento de atividades futuras. Se construímos programas em torno de materiais e tópicos de interesse para nossos alunos, podemos lucrar.
Os estudantes geralmente estão motivados no início de um curso, série ou ciclo – têm altas expectativas, e o nível de motivação que conseguem sustentar é diretamente proporcional ao nível de concretização de suas expectativas. No ensino fundamental ou médio em que há uma “audiência cativa”, quedas de motivação podem levar a uma atmosfera desagradável para o aprendizado e o ensino. Com alunos mais velhos, também pode haver um aumento de atrasos e faltas, particularmente em programas em que presença e atitude não entram na avaliação. Fatores motivacionais entre estudantes adultos podem ter sério impactos sobre o destino de um curso inteiro. Ser a motivação não se mantém num nível adequadamente alto, os alunos simplesmente desaparecem, às vezes em número suficiente para resultar no término do curso ou fechamento de uma classe ou turma.
QUALIDADES DO PROFESSOR
E de bom grado ele aprendia, e de bom grado ensinava.
GEOFFREY CHAUCER, THE CANTERBURY TALES
As qualidades e características do professor são como genes: cada um tem uma combinação única que o distingue de todos os outros. As qualidades de um professor têm muito a ver com quão motivados estão os alunos para fazer o melhor na sala de aula.
Mary Torti, uma professora na St. Martha Scool, em Toronto, pediu a um grupo de alunos das 7ª e 8ª séries que lesse uma relação de traços que caracterizavam “bons” e “maus” professores e os classificasse segundo suas percepções das qualidades de um professor. (As características pertencem à lista de qualidades dos professores de línguas, de Luke Prodromou, apresentada no Fórum de Inglês, de abril de 1991.)
Os alunos consideraram boa uma professora quando tinha as seguintes qualidades ou fazia as seguintes coisas, em ordem decrescente de importância.
 Ela acreditava em mim e me fazia acreditar em mim mesmo;
 Ela se certificava de que todos haviam entendido;
 Fazíamos as lições em conjunto;
 Ela deixava os alunos fazê-las sozinhos;
 Ela gesticulava para deixar o significado claro;
 Ela falava sobre a aula;
 Ela lia num tom que deixava o significado claro.
 Ela falava sobre outros tópicos;
 Fazíamos trabalhos em grupo;
 Jogávamos jogos.

A má professora era aquela que exibia estas qualidades:

 Ela era muito rigorosa;
 Ela gritava por nada;
 Ela não nos deixava falar;
 Ela era muito nervosa e mal-humorada;
 Ela não sorria;
 Ela nos forçava a fazer coisas;
 Ela dava notas o tempo todo;
 Ela sempre falava em cima de nossas cabeças e dominava as coisas;
 Ela dava muitas provas;
 Ela começava a aula imediatamente.
Em Teachimg by Principles, descreve um aspecto positivo que ele chama de “energia de sala de aula”. Ele explica que “não importa por meio de que papel ou estilo consiga isso, você a atinge pela preparação sólida, confiança em sua habilidade de ensinar, por crença genuinamente positiva na aptidão de seus alunos de aprender, uma alegria em fazer o que faz, manifestando abertamente essa preparação, confiança positiva e alegria ao circular pela sala de aula” (P.422).
Características e habilidades como cordialidade, solidariedade, autenticidade e aptidões para negociar e ouvir, além de posturas positivas são necessárias para os professores. Num artigo de The Language Teavher Online, Adrian Underhill afirma que “esses fatores pessoais e interpessoais não são fixos, podem ser trazidos á consciência, observados, comentados, ponderados, praticados e melhorados significativamente”.
MOTIVAÇÃO E ATITUDE DO PROFESSOR
É consenso geral que nossa atitude em relação ao trabalho tem uma importante influência na sala de aula. Em certa medida, ela não só é responsável pelos sucessos e fracassos de nosso trabalho, mas também pode afetar o aprendizado dos alunos. Atitudes parecem gerar atitudes; as atitudes que temos perante nossas tarefas engendram as atitudes e condutas dos alunos.
Num artigo de 1989, Donald Freeman fornece uma abrangente definição de atitude.
Atitude aqui é definida como postura que o indivíduo adota em relação a si mesmo, à atividade de ensinar e aos alunos envolvidos no processo de ensino/aprendizado. Atitude é uma interação de comportamento, ações e percepções orientados para o exterior, de um lado, e dinâmica, sentimentos e reações internas intrapessoais, de outro. Ela se torna uma espécie de ponte que influencia o trabalho eficaz do professor individual em circunstâncias particulares. Como tal, ela pode começar a explicar os sucessos, pontos fortes e fracos que distinguem um professor (p.32).
O termo “entusiasta” no contexto da educação evoca a imagem de uma agradável atmosfera de aprendizagem, com os professores irradiando energia e alegria por tudo o que fazem. O entusiasmo garante, no professor, comprometimento e ligação profundos com seu trabalho e uma forma positiva de lidar com a tensão. Em geral, parece que os professores com essa característica positiva fora da sala de aula a levam para dentro também.
Como escreveu Julia Chermali num artigo do TESL Contact, “O professor que combina conhecimento e entusiasmo é aquele que consegue prender a atenção dos alunos”.
Certas qualidades do professor parecem ser pré-requisitos para atingir a performance máxima em certos cenários de ensino.
SEU BEM ESTAR GERAL
Seja grato quando se sentir bem e gracioso quando se sentir mal.
RICHARD CARLSON, DON’T SWEAR THE SMALL STUFF…
AND IT’S ALL SMALL STUFF
A maioria dos professores (ou talvez todos?) trabalha em ambientes muito estressantes. Reclamações comuns concentram-se na enorme carga de trabalho, problemas com comportamento dos alunos, ansiedade em relação ao futuro desconhecido e dificuldade de lidar com responsabilidades extras acrescentadas à agenda diária. Considerando a magnitude do problema e o fato de as condições de trabalho raramente mudarem, é essencial que os professores recebam apoio suficiente para enfrentar a situação existente. Infelizmente, em muitos contextos não se faz o suficiente para ajudar os professores a aliviar o estress. Em vez disso, os professores têm de desenvolver suas próprias estratégias de defesa, entre as quais podem estar:
 Adaptar-se a um nível de tolerância maior;
 Evitar situações estressantes completamente ou sempre que possível;
 Pedir transferência;
 Demitir-se ou aposentar-se antes do tempo;
 Mudar de profissão;
 Desenvolver técnicas para lidar com o estress (exercícios, meditação, etc.).
Você provavelmente concordará que a última opção é de longe a mais construtiva, mas ao mesmo tempo pode ser a mais difícil de implementar.
Muitos concordariam que o estress é causado não só pelas próprias circunstâncias, mas pelo modo como reagimos a elas.
Muitas pessoas afirmam o “poder do pensamento positivo”. Como disse Henry Ford, “Não importa se pensa que pode ou se pensa que não pode, você está certo”. Uma professora do ensino médio criou certa vez uma frase positiva – “Estou confiante de que posso ser inteiramente responsável por meu atual grupo de alunos” – e repetiu-a para si mesma diariamente, o que segundo ela, teve resultados muito positivos. Crie sua própria frase e experimente esse método para ver se funciona para você.
Outras maneiras de aliviar o estress é ajudar os outros, reservar tempo para suas atividades de lazer favoritas e dar a si mesmo a oportunidade de “recarregar as baterias” é tão importante quanto dedicar tempo, esforço e atenção a sua família, amigos alunos e tarefas profissionais.
RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO
A relação professor-aluno é geralmente especial e pode ressoar por toda uma vida. Os alunos muitas vezes reconhecem ex-professores como “deles” mesmo depois de muitos anos e lhes conferem um lugar especial em suas lembranças.
Alunos de todas as idades respondem positivamente aos professores que mostram interesse e respeito por eles como indivíduos e lhes dão todo o apoio necessário. Essa atitude na sala de aula cria não só um ambiente positivo de aprendizagem, mas uma expectativa positiva de vida.

COMO ESTIMULAR A MOTIVAÇÃO NOS ALUNOS
 Tratando-os com respeito;
 Enxergando-os como pessoas;
 Levando em conta, suas preocupações, problemas, interesses, especificidades, dificuldades, necessidades, seus ritmos de aprendizagem e limitações;
 Fazendo-os acreditarem em suas capacidades;
 Incentivando –os no exercício da autonomia, da expressão, participação, da busca;
 Trabalhando a sua auto-estima;
 Ouvindo-os antes de falar;
 Permitindo e promovendo o diálogo constante e a cumunicação crescente na sala de aula e mais....

“Uma vida para ser bem vivida precisa constantemente de injeções de ânimo e entusiasmo”
Referência Bibliográficas:
ARAUJO, João Batista & CHADWICK Clinfton. Aprender e ensinar – 4 ed. – São Paulo: Global, 2002
Organização e exposição textual: Márcia Cristina P. Cruz (Pedagoga e Especialista em Planejamento Educacional/Psicopedagogia – UESC/ FAEM). cristina_coordenadora@hotmail.com

Importância do Contrato Didático para o Coordenador Pedagógico!

Importância do Contrato Didático para o Coordenador Pedagógico!



Importante!
Este Contrato Didático deverá ser elaborado de forma democrática!Todos deverão opinar; ele é de suma importância, para que todos percebam seus “reais papéis”, e para que não existam as tão famosas: ”Inversões funcionais”; onde, o Diretor delega poderes de Coordenação Pedagógica ao Secretário escolar, de Secretário Escolar ao Coordenador Pedagógico e por aí vão os desmandos!Ou Pasmem! Em algumas situações não muito raras, o Diretor escolar,decide ,toma deliberações e assina documentos que deveriam ser de responsabilidade exclusiva da Coordenação Pedagógica! Existem também, aqueles Gestores pertencentes ao grupo dos: - “E eu com isso?” Só querem tudo prontinho! Á eles, só cabem as Honrarias!E o “Pobre Coordenador”, deve sempre continuar Incógnito! Ele que não se atreva aparecer! Ai dele!!Em muitas escolas, sejam elas públicas ou privadas, o Coordenador Pedagógico, é sempre o último, a saber, de tudo! Pois, para nossa infelicidade, a Direção e seus “aliados fiéis”,grupo este,que nunca deixará de existir em nenhuma instituição!Estas, são aquelas pessoas sem nenhum talento para nada,a não ser,observar o que acontece na ausência do Gestor, para relatar em momento oportuno!E com isso,garantem suas regalias dentro da “Escola”,que deixa de ser um espaço de Transformação Social,para se tornar um Comitê de Benefícios,Condescendências e Clientelismo! Qual de vocês,já não se deparou com estes “Seres desprezíveis” e famintos por um mexerico contra qualquer um, e em especial contra o Coordenador? Eu mesma, já fui vitimizada várias vezes! Contudo, não podemos deixar de ressaltar, que ainda existem boas relações escolares entre Gestão e Coordenação!São raras, mas, existem!Acreditem!!
Penso que muito ainda precisamos avançar, para que as Relações entre estes dois segmentos sejam realmente compensadoras!Todos na Escola devem colaborar para a transformação do cenário educacional. O Gestor escolar, deverá ser um parceiro do seu Coordenador escolar” um verdadeiro aliado” e não um “oponente”! Quando a relação entre estes dois segmentos tão importantes caminha “bem”, todos ganham: alunos, professores, comunidade e funcionários. O bom Gestor ,é aquele que favorece condições de trabalho á todos: Coordenadores Pedagógicos, Professores, Funcionários e demais elementos educacionais importantes para o Âmbito docente. O Gestor escolar precisa entender que nós Coordenadores Pedagógicos, não somos apenas executores de tarefas e mediadores de encontros para Planejamentos!Somos a peça chave, para o sucesso de muitas ações dentro da Escola, e nada mais justo do que, encontrarmos ajuda quando dela precisamos.
Deixo aqui registrado também, o meu pedido aos caros (as) Colegas Coordenadores:
Sejam autênticos e valorizem-se com Profissionais!O bom Coordenador Pedagógico, não é aquele, que concorda com todos os posicionamentos da Direção escolar e dos professores; mas, sim, aquele que estabelece fortes vínculos afetivos e profissionais, tornando viável e possível essa relação tão complexa, muitas vezes!Nós Coordenadores, precisamos nos renovar sempre, para que mostremos á nossa equipe de trabalho a que viemos.
Postado por Reijane Cruz Passos às 15:40 0 comentários