sexta-feira, 28 de outubro de 2011

LIDANDO COM COMPORTAMENTOS INDIFERENTES NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO

COMO LIDAR QUANDO ENCONTRAMOS PROFESSORES QUE AGEM COM INDIFERENÇA À AÇÃO DA COORDENAÇÃO?
Por: Márcia Cristina Pereira Cruz

Muitas vezes no contexto escolar, nós coordenadores pedagógicos nos deparamos com situações em que percebemos que alguns professores demonstram total indiferença e comportamentos apáticos à nossa ação. E esses comportamentos acabam por nos causar incômodos,  influenciando na qualidade do nosso trabalho e consequentemente na qualidade do trabalho da escola como um todo. Em muitos casos a situação vai se agravando de tal maneira que os momentos de convivência na escola, principalmente os momentos de reuniões pedagógicas tornam-se insuportáveis para ambas as partes ou para o coordenador.
Então, começamos a nos perguntar... o que fazer para resolver a situação? E lançamos mão de muitas alternativas sem contudo obter sucesso ou até conseguindo piorara a situação cada vez mais.
Quem de nós, não já viveu uma situação como essa ou uma situação parecida?
Algumas coisas que aconselho quando nos deparamos com uma situação parecida ou idêntica a essa são:
  • Fazer um exercício de reflexão sobre a forma como você tem agido com o grupo e mais especificamente com os professores que demonstram tais comportamentos;
  • Reflita profundamente sobre a sua postura no intercâmbio com esses profissionais;
  • Pense sobre em que princípios tem se pautado o seu diálogo com os professores com os quais trabalha;
  • Analise se está sendo um coordenador parceiro, que acompanha, orienta, ajuda e que valoriza o trabalho desses profissionais na escola, ou se está se comportando como um fiscal que só tem imposições a fazer;
  • Lembre-se que para cobrarmos temos primeiramente que contribuir com a nossa parte;
  • Reflita se quando acompanha o trabalho pedagógico desses profissionais consegue enxergar o que existe de positivo em cada proposta e se tenta descobrir junto com eles quais as verdadeiras intenções de suas ações na sala de aula e na escola ou se faz cometários e críticas que diminuem e desestimulam ao invés de enaltecê-los e fazê-los sentir-se valorizados;
  • Procure ver nesses profissionais o que eles tem de positivo que você poderia utilizar a favor do grupo;
  • Não alimente o ódio, a discórdia, a fofoca e os sentimentos de competitividade;
  • Seja franco, converse com esses ou essas profissionais sobre seus sentimentos frente aos comportamentos e tratamentos oferecidos por eles, mostre que se preocupa e que precisa das ajudas deles para a melhoria da qualidade do seu trabalho e do trabalho da escola;
  • Explore-os em todas as suas potencialidades, coloque-se a serviço e solicite sempre os serviços destes.
  • Peça sugestões, colaboração e nunca afirme ou imponha suas vontades. Mas procure partir sempre de questionamentos que conduza cada parceiro à reflexão de sua própria ação individual e no grupo para que cada um possa por si só refletir sobre como tem sido, agido e se tem contribuído de maneira positiva ou não com os colegas e com a escola.
  • Fortaleça ainda mais os laços de parceria com aqueles que se colocam a sua disposição e à disposição da escola;
  • Seja forte, firme nos seus propósitos sem ser arrogante;
  • Mostre a todos que os seus propósitos são para o bem coletivo.
  • Seja sempre o profissional que sabe que lidar com gente é muito complexo, mas que assim como um professor pode e deve transformar o comportamento de seus alunos. Nós coordenadores pedagógicos, podemos e devemos transformar os comportamentos apáticos, indiferentes de algumas pessoas com as quais temos e precisamos trabalhar todos os dias. O que coloco aqui não é uma receita infalível de forma de agir, mas é assim que tenho agido durante os meus 23 anos de magistério e posso afirmar que mesmo tendo encontrado e tendo que trabalhar diariamente com dezenas de pessoas de comportamentos e ações muito difíceis, sempre conseguir contornar o problema e ter esses profissionais quase sempre ao meu favor, e envolvê-los nos projetos da escola, mesmo que em seus íntimos quisessem ficar e estar contra as propostas idealizadas pelo grupo e pela escola! Pensem nisso e boa sorte! 

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