quarta-feira, 22 de janeiro de 2014


CMEI – Professor Gil Nunesmaia
Coordenação Pedagógica do Segmento Pré-escola: Márcia Cristina P. Cruz
Clientela: Crianças da Pré-escola I (04 anos) e II (05 anos). 
Período: De 11/11 a 15/11/2013 

Proposta Didática – A Arte afro-brasileira no ritmo e no tom da África!
 Parte I
Vivências Afro-Brasileiras na Educação Infantil e outras vivências!


Segunda-feira: 11/11- Outras vivências!

1º Momento: Vivências Matemáticas: Sólidos Geométricos

Rotina: Oração/Músicas de acolhida (bom dia/boa tarde); Calendário: (dia, data, mês e ano); Chamadinha; Quantos somos hoje ( quantas meninas? Quantos meninos) Como o tempo está? Escrita da pauta na lousa e explicação da pauta às crianças. 

1º Momento: Linguagem Matemática: (05 anos) Identificação de sólidos geométricos

Levar para a classe e explorar caixas e outros recipientes (latas de leite, caixas de chá, de sabão em pó, vidros, recipientes de plásticos, bolas, pirâmides, caixas de leite, de presente, etc. com diferentes formas geométricas;
O educador espalha os objetos pelo chão e indaga de quais materiais são construídos e solicita às crianças para nomeá-los (caixas, vidros, latas); em seguida orientaR para que elas destaquem as características perceptíveis (cores, de quê são feitos, a forma (se é quadrática, quadrangular,  redondo (esférica), triangular, se os objetos estão fechados ou abertos.
Disponibilizar para as crianças diferentes objetos com diferentes formas (cubicas, cilíndricas, quadráticas, etc, para que elas possam manuseá-las e agrupá-las de acordo com a forma. 

O4 anos: Identificação de sólidos geométricos (em grupos) – Construir um sólido geométrico gigante por grupo:

2º  Momento: Conhecendo os instrumentos utilizados na musicalidade africana:

Procure conseguir instrumentos musicais de origem africana e leve para a sala. Se não conseguir os instrumentos leve gravuras com imagens de agogô, tambor, caxixi e alfaia e mostre às crianças as maneiras de tocá-los. Apresente também coreografias de danças africanas, como o jongo, para que a turma possa praticar - o uso de DVDs de referência com os principais passos é um bom recurso didático. Lembre-se de que nessa etapa, você terá que se preparar previamente para conhecer instrumentos e danças.

Observação: terminada a vivência providenciar para que as próprias crianças organizem os brinquedos utilizados em seus devidos espaços.

Terça-feira Dia: 12/11: Musicalidade africana/Leitura e escrita
Objetivos:
Familiarizar-se com musicas de origem africana;
Ouvir músicas de origem africana comparando-as;
Conhecer alguns instrumentos musicais de origem africana, caracterizando-os.
Ler imagens de instrumentos musicais africanas com riqueza de detalhes.
Elabora hipóteses de leitura e escrita de palavras.

1º Momento: Musicalidade africana em ritmo, letra e tons.

Rotina: Oração/Músicas de acolhida (bom dia/boa tarde); Calendário: (dia, data, mês e ano); Chamadinha; Quantos somos hoje ( quantas meninas? Quantos meninos) Como o tempo está? ? Escrita da pauta na lousa e explicação da pauta às crianças. 
Linguagem Musical: Músicas de origem africana - A educadora deverá apresentar músicas brasileiras de ritmos de origem africana (como o samba e o maracatu) e converse com as crianças sobre elas: já conhecem? Se parecem com algo que já ouviram? Gostam ou não? Por quê? Explique que essas músicas mesmo sendo brasileiras, têm origem no continente africano. Para comparar, escute com o grupo outra música de origem africana e faça a comparação: é igual? Gostaram mais dessa ou das primeiramente ouvidas?  

Linguagem Visual/ Verbal (oral): Leitura de imagens: Instrumentos musicais africanos

Levar as crianças para a videoteca e fazer a apresentação em PowerPoint de slides de instrumentos imagens de instrumentos musicais africanos como: o  agogô, tambor, caxixi, berimbau e alfaia solicitando que as crianças façam uma leitura interativa das imagens apresentadas (ir questionando e dialogando) com as crianças sobre cada uma das imagens exibidas) Apresente também coreografias de danças africanas, como o jongo, para que a turma possa praticar - o uso de DVDs de referência com os principais passos é um bom recurso didático. Lembre-se de que nessa etapa, você terá que se preparar previamente para conhecer instrumentos e danças.

2º Momento: Linguagem verbal (oral e escrita):

Retomar com as crianças as descobertas sobre os instrumentos musicais africanos: Questionando: Quais os instrumentos que observamos hoje nas imagens exibidas? Deixar que as crianças respondam e anotá-las em uma folha de papel A3 para fixar na sala; Pedir para que as crianças repitam quais os nomes dos instrumentos musicais da lista e agora lista-los na lousa. Solicitar que as crianças escolham entre os mesmos os que elas mais acharam interessantes (2 ou 3) e fazer a reflexão sobre a escritas dos nomes dos instrumentos escolhidos pelas crianças: Qual a 1ª letra? Qual a última letra? Quais são as letras que ficam entre a 1ª e a última letra? Quantas sílabas têm (fazer com que descubram batendo palmas)? Quantas letras têm? Pedir para que as crianças contem uma a uma. 

05 anos: solicitar que as crianças montem as palavras usando as letras móveis/ que as crianças escrevam as palavras em pauta na lousa; Que façam a elaboração de hipóteses de leitura (identificação oral) das letras e das palavras.

04 anos: Pedir para que as crianças observando os modelos usando massinha modelem as letras da palavra ou das palavras na sua mesa ou montem na folha usando letras móveis.
Observação: Enquanto as turmas de 04 anos estiverem na videoteca as educadoras de 05 anos deverão propor atividades de leitura e escrita com os nomes completos das crianças usando letras garrafais e também cursivas. Não deixar as crianças ociosas de forma alguma.

Quarta-feira: Dia: 13/11 – Literatura e produção artística

1º Momento: Literatura africana em foco!
Linguagem verbal: (oral) A LENDA DO TAMBOR AFRICANO
                                  CONTO POPULAR DA GUINÉ-BISSAU 


Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco. Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua. Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar. A lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio. O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país. A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

Disponível em:http://linguaportugesaeliteratura.blogspot.com/search/label/Contos
Realizar questionamentos orais sobre a lenda:
- Qual o título?
- Quem são os personagens?
- Qual o instrumento musica africano que aparece na lenda?
Reconto da lenda: na rodinha 
2º Momento: Linguagem Artística: Confecção de um tambor de sucata
Fazer uma batucada com uma musica: samba conhecido com as crianças pelo pátio usando os tambores produzidos por elas.

Quinta-feira: Dia: 14/11 – e Em minha caixinha de ideias tem...
1º Momento:
Rotina: Oração/Músicas de acolhida (bom dia/boa tarde); Calendário: (dia, data, mês e ano); Chamadinha; Quantos somos hoje (quantas meninas? Quantos meninos) Como o tempo está? ? Escrita da pauta na lousa e explicação da pauta às crianças.

Linguagem Gráfica: Desenho e pintura: Disponibilizar

2º Momento: Em minha caixinha de ideias tem... 
Observação: Nessa semana cada educadora deverá realizar a sua vivência individualmente ou em duplas por grupos de idades.
Cada educadora deverá refletir, criar e planejar uma ideia (lúdica) do seu repertório para desenvolvê-la como situação de aprendizagem com as crianças. Deverá ser algo com um toque bem pessoal e especial e criativo. Não podendo se restringir a sessão de filmes, nem a pinturas de desenhos prontos (pode envolver atividades com música, psicomotricidade, arte, dobradura, dança, teatro, brincadeiras, um piquenique) ou qualquer outra a critério da educadora ou das crianças dentro ou fora da instituição.

Sexta-feira: Dia 15/11: Feriado: Proclamação da República!  Vamos aproveitar para descansar, nos divertir e ser feliz! Bom final de semana para todas!

ANEXOS: MATERIAL DE PESQUISA DE APOIO AOS EDUCADORES NO DESENVOLVIMENTO DAS VIVÊNCIAS.

Continente africano vive em pauta na mídia e, na maioria das vezes, por seus problemas sociais, econômicos, políticos, conflitos entre grupos separatistas, diversas doenças, entre outros aspectos negativos. No entanto, pouco se destaca sobre a pluralidade cultural que o povo desse continente apresenta, contribuindo com elementos culturais em várias outras nações do mundo, e fortemente ligados ao Brasil.

As principais características dos africanos são a musicalidade e suas danças compostas por diferentes ritmos e instrumentos. A criatividade proporcionou a criação de vários instrumentos musicais, entre eles podemos destacar:

Afoxé – é um instrumento musical de percussão formado por uma cabaça redonda coberta por uma rede de bolinhas ao redor de seu corpo. O som é produzido quando se giram as bolinhas em um sentido, e o cabo no sentido oposto. É um instrumento musical muito utilizado nos rituais de umbanda e pelos grupos de samba e reggae.



Agogô – instrumento musical percussivo composto de duas a quatro campânulas (objeto em forma de sino) de tamanhos diferentes, ligadas entre si pelos vértices. É o instrumento mais antigo do samba.



Berimbau – é um instrumento de corda usado para fazer percussão na capoeira. É um arco feito de uma vara de madeira, de comprimento aproximado de 1,20m a 1,60m, e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara. Em uma das extremidades do arco é fixada uma cabaça que funciona como caixa de ressonância. Para a realização do som, é necessária a utilização de uma pedra ou moeda, vareta e caxixi.

Caxixi – é um instrumento de percussão que corresponde a um pequeno cesto de palha trançada contento sementes ou arroz para a produção do som. Esse objeto é um complemento do berimbau.

Cuíca – consiste numa espécie de tambor com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro, pelo lado interno. O polegar, o indicador e o dedo médio seguram a haste no interior do instrumento com um pedaço de pano úmido, os ritmos são articulados pelo deslizamento deste tecido ao longo do bambu. A outra mão segura a cuíca e com os dedos exerce uma pressão na pele. Quanto mais forte a haste for segurada e mais pressão for aplicada na pele, mais altos serão os tons obtidos.


Kora – instrumento musical formado por 21 cordas. Tem uma caixa de ressonância feita de cabaça e suas cordas eram originalmente feitas de pele de antílope. O instrumentista usa somente o polegar e o indicador de ambas as mãos para dedilhar as cordas da Kora, sendo que os dedos restantes seguram o instrumento. O som produzido pela kora é semelhante ao da harpa.

Reco-reco – objeto musical feito de madeira ou bambu com ranhuras transversais que são friccionados por uma vareta. O som é obtido através da raspagem de uma baqueta sobre as ranhuras transversais.

Tambores – são os principais instrumentos musicais africanos. Existem dos mais variados formatos, tamanhos e elementos decorativos. É um objeto musical de percussão, é oco e feito de bambu ou madeira. Além de sua utilização nos eventos festivos, os tambores eram uma forma de comunicação entre comunidades distantes, em razão de sua forte potência sonora.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
INSTRUMENTOS MUSICAIS DE ORIGEM AFRICANA

Afoxé: Idiofone tradicional do Brasil, de origem africana, constituído por uma cabaça rodeada por miçangas (que podem ser de materiais diversos), ligadas por uma espécie de rede. Quando o executante as raspa contra a superfície da cabaça, produz o seu som característico. O afoxé moderno tem uma configuração e materiais diferentes da tradicional tornando-se mesmo mais resistente do que as cabaças naturais.

Agogô: Idiofone tradicional de metal que entrou no Brasil por via africana. É constituído por duas campânulas de metal, percutidas por uma vareta do mesmo metal. O agogô de metal é utilizado nas danças de origem africana e similares (capoeira, e candomblé, por exemplo).

Arghul: Aerofone de palheta simples constituído por dois tubos muito freqüente no Norte da África.

Balafon: Xilofone artesanal (constituído por placas de madeira ordenadas, de diversos tamanhos) e com cabaças de ressonância por baixo, tem diversos nomes conforme a região e o país africano: bala, balo, kponimbo, madimba, kundu, marimba, valimba, endara, shijimba, silimba, medzang, dyomoro, rongo, mbira mutondo, mbila, timbila, balangui, akadinda, kalanba, ilimba, baza, dimba, madimba, dipela, elong, dzil.

Bendir: Membranofone com origem no Norte de África, designadamente em Marrocos. É uma espécie de tamborim, com cordas esticadas no interior, junto à pele.

Berimbau: Instrumento de percussão em forma de arco retesado por um arame e uma pequena cabaça de ressonância, levado de África para o Brasil, onde é muito utilizado na "capoeira", que representa de modo especial. A corda percute-se com uma pequena vara.

Caxixi: Instrumento tradicional brasileiro usado na "capoeira", é constituído por um cesto de vime em forma de chocalho encerrado no fundo uma cabaça que contém sementes.

Chiquitzi: Palavra shangana (Moçambique) que designa um chocalho de mão constituído por uma caixa feita de caniço fino e sementes ou pequenas pedras no interior. Trata-se de um instrumento essencialmente tocado por mulheres e em festas de casamento.

Conga ou Atabaque: Membranofone muito utilizado nos ritmos do Caribe e no Candomblé. É um tambor alto com sonoridade grave, de altura regulável. Pode ser tocada com os dedos e as mãos.

Cuíca: Instrumento de fricção de origem bantu, tradicional do Brasil muito usado no Carnaval. Aparentemente é um tambor, mas tem uma varinha encostada à pele, no interior. É a fricção da vara que produz.

Djimba: Xilofone nativo do Congo.

Djembe: Membranofone de origem africana da Guiné, pertencente à família dos tambores de taça. Tem um corpo de madeira esculpido em forma de cálice, com esticadores a toda volta.

Ganzá: Instrumento musical de percussão, semelhante a um chocalho, originalmente feito de gomos de bambu grosso com sementes em seu interior, hoje, geralmente e feito de folha-de-flandres em forma cilíndrica, contendo em seu interior pedaços de chumbo ou seixos.

Ghaita: Aerofone de palheta dupla do Norte de África usado pelos encantadores de serpentes. Al ghaita ou al ghaida designa um instrumento semelhante ao surnay, uma espécie de oboé usado em dias festivos.

Kalangu: Membranofone africano.

Kalimba: Instrumento africano de carácter religioso constituído por cerca de 22 a 28 placas metálicas sobre uma pequena caixa de madeira, tocadas com os dedos do executante. Instrumento muito importante na África sub-saariana.

Korá: Cordofone africano do Senegal com caixa de cabaça e pele esticada, com braço de madeira, duas pegas e cordas de nylon dedilhadas.

Lira Africana: Cordofone dedilhado, é um instrumento tribal muito antigo e construído de modo bastante rudimentar.

Quissanga: Instrumento angolano constituído por pequenas barras de metal de diversos tamanhos, presas a uma base de madeira e tocadas pelos dedos polegares.

Reco-reco: Idiofone tradicional com formas muito variadas, pertence à família dos idiofones de raspagem, dentro do grande grupo dos instrumentos de percussão. Uma vara de madeira mais fina raspa a parte que tem cordes ou saliências, produzindo-se um timbre muito característico. Há reco-recos de madeira, de metal e mistos.

Senza: Instrumento feito de lâminas de metal. Este tipo de idiofone está espalhado um pouco por toda a África.

Ud: Também chamado barbat, é cordofone dedilhado originário do Norte de África, com braço curto e caixa de ressonância em forma de pêra, sendo as costas abauladas.

Uffataha: Flauta africana.

FONTE DO TEXTO A CIMA: :http://www.uniblog.com.br/nacoeseaculturadacor/85013/no-rufar-dos-tambores.htm

Um comentário:

Gostou? Comente