quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

PROJETO INSTITUCIONAL - A DIVERSIDADE ATRAVÉS DE TRAÇOS, CORES E FORMAS!

Observação: As atividades desse projeto integraram outras atividades do Projeto Institucional que foi apresentado no Seminário de Educação Infantil da Rede Municipal de Itabuna/2013. Foi mais um sucesso da prática pedagógica desenvolvida na nossa instituição! Muito obrigada à direção a todas as educadoras, crianças, famílias e funcionários pelo brilhantismo do trabalho realizado!! Coord. Pedagógica

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABUNA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
PROGRAMA: FORMAR EM REDE
CMEI – Centro Municipal de Educação Infantil Professor Gil Nunesmaia
Coordenação Pedagógica:  Márcia Cristina Pereira Cruz e Jacqueline Mesquita 


PROJETO INSTITUCIONAL

1. Nome: A diversidade através de traços, cores e formas!
2. Tema: Riscos e Rabiscos na 1ª Infância!

3. Justificativa:


Observando-se as práticas educativas desenvolvidas no contexto institucional, percebe-se que a arte se faz presente nos planejamentos das educadoras do CMEI – Centro Municipal de Educação Infantil Professor Gil Nunesmaia através das mais diversas formas de expressão: pintura, recorte, modelagem, dança, música e mais fortemente através dos desenhos feitos pelas crianças que através de riscos e rabiscos expressam seus sentimentos e compreensões à cerca do mundo e das coisas que nele existem. Além do mais, o desenho, composto por traços, cores e formas podem expressar ainda o olhar da diversidade que é e deve ser construído nas crianças desde a primeira infância. Assim, esse projeto se justifica não pela necessidade de inserção do desenho, como prática pedagógica em nossa instituição, uma vez que tal prática já está intrínseca no dia-a-dia das nossas turmas de creche e pré-escola, mas pela importância que atribuímos à arte e especificamente ao desenho como uma porta que se abre para a expansão do imaginário infantil. E também pela necessidade de aprimorar ainda mais tal prática em nosso contexto, buscando agora aprofundar o olhar do adulto à cerca da importância do desenho e de sua compreensão como um significativo instrumento da expressão infantil.

4. Revisão de bibliografia

Segundo Aurélio (1993), desenho é "representação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas. A arte e a técnica de representar, com lápis, pincel e etc., um tema real ou imaginário, expressando a forma. Traçado, projeto".
O significado do desenho em grego é traçar, arranhar, redigir, dentre outros. Com os afixos seu sentido passa a ser: corrigir, transcrever,  traduzir, etc.
Para Roland Chemam, (1991) o adulto se expressa principalmente com palavras, elas se tornaram pra o homem o meio mais eficaz de comunicação, contudo, no mundo infantil é diferente, as crianças expressam-se por outros meios: jogos, brincadeiras e acima de tudo por desenhos, que representam objetos, familiares, suas preocupações e sentimentos.
O desenho é o meio pelo qual a criança permite transparecer seu interior, seu consciente e seu subconsciente, apresentando enorme importância para a comunicação eficaz e o entendimento desse "ser tão pequeno" que muitas vezes não sabe como comunicar-se através das palavras. Roland (1991) afirma ainda que: "no que concerne ao desenho de criança, parece natural que ele constitua uma espécie de via privilegiada de acesso ao inconsciente".
A ação da criança, através do desenho demonstra seu nível de desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e emocional. Geralmente, desenhar é algo prazeroso para a criança, e à medida que ela é estimulada a fazê-lo e o faz com algum sentimento, sua comunicação gráfica se torna mais clara e tem mais a dizer sobre seu ser.
Para Vera Barros (1998), "aprender a fazer essa leitura é, sem dúvida, um grande e apaixonante desafio, pois, ao tentá-la, cada vez mais vamos desvendando a imensa complexidade e flexibilidade do misterioso processo de adaptação ao meio".
A criança responde aos estímulos recebidos do meio e das relações que estabelece com ele. O desenho é uma das mais eficazes maneiras de entender como a criança está lidando com esses estímulos e desvendar o que pode não estar coerente com uma infância saudável e feliz.
Quanto mais se amplia a realidade da criança, mas ela terá a necessidade de organização e adaptação, e representará tamanha necessidade de maneiras diversas. É preciso acompanhá-la, observá-la e ajudá-la nesse processo, e enfatizando a participação do desenho infantil nessa comunicação, é preciso entendê-lo para entender a infância.
O desenho infantil evolui conforme o desenvolvimento da criança. Desta forma, à medida que cresce, seu desenho tem mais perfeição, e consequentemente, mais mensagens do consciente e inconsciente.
Bédard (1998) traduz alguns significados dos desenhos infantis, entre eles:
Desde o nascimento a criança se depara com Artes Visuais: nas cores e figuras de uma parede, em um quadro, nas ruas, em casa, nos brinquedos e em todos os lugares presentes no cotidiano da vida infantil.  “Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das Artes Visuais para expressar experiências sensíveis.” (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, vol. 3, pag. 85.).
As crianças têm suas próprias impressões, ideias e interpretações sobre a produção de arte e o fazer artístico. Tais construções são elaboradas a partir de suas experiências ao longo da vida, que envolvem a relação com a arte, com o mundo dos objetos e com seu próprio fazer. As crianças exploram, sentem, agem, refletem e elaboram sentidos de suas experiências. A partir daí constroem significações sobre como se faz, o que é, para que serve e sobre outros conhecimentos a respeito da arte. É no fazer artístico e no contato com os objetos de arte que parte significativa do conhecimento em artes visuais acontece.

5. Objetivos:

5.1. Objetivo Geral
Oportunizar a vivência dos elementos de linguagem gráfica e plástica (traços, formas, textura, cores, tamanho e variedade de suportes) nas atividades de artes visuais.

5.2. Objetivos específicos:

Enriquecer as experiências e expressão criadoras das crianças.
Possibilitar o exercício da escolha.
Desenvolver a autonomia da ação na utilização dos “espaços” de expressão em artes visuais (desenho e pintura) nos seus diversos aspectos e momentos de produções.
Desenvolver o trabalho em grupo, possibilitando a troca de experiências e a socialização de descobertas que surgirem no transcurso do projeto.
Permitir o trabalho individual e introspectivo.

6. Competências/Ações necessárias:

6.1. Direção/Coordenação:

Construir o Projeto Institucional;
Apresentar o Projeto Institucional à comunidade escolar e famílias das crianças e discutir a viabilidade de operacionalização do mesmo na unidade;
Interessar-se e envolver nas ações do projeto;
Zelar pela construção, preservação e manutenção dos espaços, matérias e produções das crianças;
Garantir a realização do cronograma de formação em contexto com a temática do Formar em Rede;
Participar do processo de pesquisa, elaboração e distribuição de materiais teóricos e práticos relacionados às temáticas estudadas nas formações do contexto;
Organizar e realizar os encontros de formação no contexto;
Articular e fomentar a participação de todos os profissionais da instituição na efetivação das ações do Projeto Institucional;
Desenvolver ações de parcerias com as famílias e comunidade local nas atividades do projeto;
Organização e realização de oficinas para descoberta e exploração das habilidades artísticas dos funcionários e das famílias;
Organização de espaços de exposição dos materiais produzidos pelas crianças durante todo o período de desenvolvimento das atividades do projeto;
Reconhecer e estimular o esforço dos educadores docentes e não docentes nas ações do projeto;
Perceber e investir nas habilidades artísticas do grupo para fortalecendo as ações do projeto;
Reconhecer a importância do significado artístico por meio de ações práticas (fazer artístico);
Aprofundar os conhecimentos e compreensões sobre a linguagem artística;
Orientar os educadores em seus planejamentos didáticos metodológicos em arte, oportunizando o uso dos conhecimentos adquiridos nas formações em suas práticas com as crianças;
Providenciar todo o material necessário para a operacionalização das atividades de desenho e pintura;
Implantar, acompanhar e auxiliar os educadores na organização de um ambiente que privilegie o desenvolvimento da linguagem artística com recorte para desenho;
Oportunizar a apreciação dos diferentes ambientes e paisagens da instituição e seu entorno, promovendo o desenvolvimento da criatividade, sensibilidade e imaginação nas produções de desenhos.

6.2. Educadores (as) /Auxiliares do Desenvolvimento Infantil

Realizar técnicas específicas de desenho nas atividades com as crianças;
Utilizar os conhecimentos adquiridos nas formações em contexto em favor do aprimoramento da qualidade das propostas com desenho;
Participar de forma dinâmica dos encontros de formação em contextos e com a realização das ações do projeto;
Organizar os espaços e materiais necessários e suporte diversos suportes às produções das crianças antecipadamente;
Permitir o trabalho individual e introspectivo;
Estabelecer uma relação entre o conhecimento conquistado na prática, o fazer da criança com a cultura nos diversos espaços que a comunidade oferece;
Garantir o espaço da expressão individual da criança na vivência de um processo criativo a partir do desenho;
Planejar e operacionalizar situações de apreciação das crianças com suas próprias produções, dos colegas e outras produções de artísticas locais, regionais, nacionais e internacionais;
Selecionar e organizar produções das crianças documentando-as por meio de registros em portfolios;
Planejar e desenvolver propostas de desenho que oportunizem o conhecimento e o respeito à diversidade cultural.
Realizar visitas em locais de manifestações culturais e artísticas como: A FICC; Centro de Cultura Adonias Filho, Museu Amélia Amado, Casa de Jorge Amado.

6. 3 Crianças:
Desenvolver o gosto pelo desenho, respeitando a própria produção e a produção dos colegas;
Desenvolver a capacidade de organização e cuidado no espaço utilizado para a realização das produções, pelo uso adequado e otimizando dos materiais, utensílios, ferramentas e mobiliários.
Escolher os materiais disponíveis para as suas produções, desenvolvendo a autonomia.
Manifestar sentimentos, ideias e suas compreensões do mundo por meio do desenho.

  7. 0 Algumas vivências desenvolvidas com as crianças (imagens):

Desenhos da Pré-escola ( grupos de crianças de 04 e 05 anos)

Vivência a partir do documentário: As mulheres girafas da tribo Karen na Tailândia

Vivência a partir da história a menina bonita do laço de fita!
Desenhos produzidos pelas crianças da Creche (03 anos)

Vivências realizadas a partir da releitura de Máscaras Africanas!


Vivências realizadas a partir da leitura de contos africanos: Bruna e a galinha d'angola e a Botija de Ouro!!!


Vivências realizadas a partir do trabalho com leituras e releituras de imagens de pinturas africanas!



8.0 Resultados Esperados:

Elementos da linguagem artística (gráfica e plástica) vivenciadas.
Experiências e expressões criadoras das crianças enriquecidas;
Conhecimentos a cerca da linguagem artísticas (desenho e pintura) ampliados e compreendidos pela comunidade escolar.
Ambiente que privilegie o desenvolvimento da linguagem artística (desenho e pintura) implantado e organizado.

9.0 Referências bibliográficas:

CUNHA, SUZANA RANGEL VIEIRA DA. Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Editora: Mediação. Porto Alegre 2001.
DIAS, CÉLIA MORAES & NICOLAU, MARIETA LÚCIA MACHADO (Orgs.). Oficinas de sonho e realidade na formação do educador da infância. Editora: Papiros. Campinas/SP: 2003.




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